Pages

30 dezembro 2009

Um Feliz Ano Novo

A todos os parlamentares que mesmo, às vezes, discordando ou concordando com nossas opiniões e idéias mostraram maturidade e espírito democrático quando acreditaram em nosso trabalho e, de alguma forma, nos ajudaram a mantermos no ar o programa “Consciência Cidadã” na 105.9 FM e o blog “Facão & Terçado. A todos o nosso carinho e os mais sinceros votos de um ano novo repleto de paz, sucesso, saúde e muitas felicidades.

26 dezembro 2009

Entrevista com João Capiberibe

Capiberibe aceita discutir políticas públicas com outros partidos . -- Em entrevista ao programa Consciência Cidadã, o ex-senador João Alberto Capiberibe disse que aceitaria sim discutir com outros partidos um grande projeto para o estado do Amapá. "O Amapá hoje, precisa urgentemente de políticas públicas com resultados imediatos em quase todas as áreas: Educação, saúde, saneamento básico, energia elétrica, água, estradas, habitação, segurança pública. Nossos indicadores sociais estão bem abaixo da média nacional". Disse Capiberibe. Queixa-se dos vários projetos que iniciou em seu governo mas que foram abandonados pelo atual : Escola Bosque do Bailique, Escola Bosque da Ilha de Santana, Escola da Pesca, Escola da Madeira, projetos que se implementados poderiam estar dando resultados muito positivos para o Amapá. Outros foram trocados os nomes: Visão para Todos,passou para Ver a Vida e o CAP passou para Super-fácil, numa clara intenção de se apoderarem de projetos do governo passado. Em 1.995, o governo de João Alberto Capiberibe, lançava o PDSA, Plano de Desenvolvimento Sustentável do Amapá, projeto este que recebeu muitas críticas negativas por parte da imprensa local. Hoje, 14 anos depois, não se fala em outra coisa, a moda agora é desenvolvimento sustentável. Até o governo de Waldez Góes, que criticou tanto o PDSA, já adota este modelo como programa de governo. Finalizando Capiberibe disse que "Desenvolvimento sustentável não é só preservar a floresta, é também melhorar a qualidade de vida nas cidades”.

23 dezembro 2009

Tem Boi na Linha

Ontem, durante a apresentação dos ônibus novos, feita pelo Prefeito Roberto Góes e pelo Governador Waldez Góes, na Av. Fab, foram enfileirados vários ônibus de uma empresa chamada "Expresso Marco Zero".

O jornal A Gazeta de hoje (23/12) registra na sua capa “Macapaenses recebem novos ônibus modernos e confortáveis", informando na notícia que o número de ônibus é 38 unidades. O Diário do Amapá do mesmo dia também anuncia em capa “Mais 26 ônibus novos são colocados em circulação na capital".

Não fosse a confusão feita sobre a real quantidade de veículos, a imprensa toda quer passar a impressão de que são todos ônibus novos, o que não é verdade. Nas fotos apresentadas aqui, colhidas pelo fotógrafo do blog, vê-se claramente que os ônibus são pintados e os pneus carecas revelam que os ônibus não são tão novos assim.

Nas notícias veiculadas nestes jornais há a informação de que a empresa Expresso Marco Zero possui autorização em caráter emergencial e a título precário até que nova licitação seja realizada. Ainda, que o Ministério Público Estadual está acompanhando o processo licitatório para a concessão de novas linhas, quando então a citada empresa entregará as linhas que ora passa a explorar, caso não vença o certame.

Como perguntar não ofende, gostaríamos de saber: Qual empresa compraria 26 ou 38 ônibus novos para operar durante apenas 01 ano, investindo alguns milhões de reais, sem a certeza do retorno garantido? É sabido que um ônibus novo custa próximo de R$ 250 mil, e que o retorno do investimento é de no mínimo 4 anos em linhas altamente rentáveis, o que não é o caso das linhas de Macapá. Assim, é bom o MP acompanhar de perto esta licitação, porque tem boi na linha.

21 dezembro 2009

A CONFECOM, Gilvam e Sarney

A 1ª CONFECOM (1ª Conferência Nacional de Comunicação) aconteceu entre os dias 14 a 17 de Dezembro. Pessoas de todo o país, de todos os seguimentos sociais, estiveram durante esses quatro dias discutindo a realidade da comunicação no Brasil. De uma coisa todos tem uma certeza, é que, da forma como se encontra o sistema de comunicação do país, não dá mais para continuar. Um sistema injusto, monopólico, desregulado, partidarizado e ultrapassado.

Alguns jornalistas amapaenses, privilegiados e mal acostumados a esse sistema injusto de comunicação, estão em pavorosa pelo fato de terem sido aprovadas, por maioria esmagadora, duas moções de repudio aos senadores amapaenses Gilvam Borges (PMDB-AP) e José Sarney (PMDB-AP - Presidente do Senado). Esses políticos, jornalistas e empresários que acham que a comunicação é uma propriedade exclusiva e que isso não vai mudar nunca, com certeza, irão sofrer muito ainda com o pós-conferência. É esperar prá ver! E até lá, muito Lexotam!

Leiam as moções:

MOÇÃO DE REPÚDIO

Ao senador José Sarney, por patrocinar o cerceamento da liberdade de expressão de blogs e meios de comunicação dos Estados do Amapá e São Paulo, e, conseqüentemente, do Brasil. Existem no Estado do Amapá diversos jornalistas e blogueiros que estão com pendências econômicas na justiça devido a ações judiciais movidas pelo Senador José Sarney (PMDB/AP), cuja fundamentação é de teor meramente político. Nas eleições de 2006, o funcionário do Senado, Fernando Aurélio de Azevedo Aquino, que ocupa o cargo de policial legislativo federal, assinou, segundo comprovante expedido pela Justiça Eleitoral, exatas 105 ações contra jornalistas, radialistas e blogueiros amapaenses. Foram vítimas desse tipo de ação e tiveram seu direito a livre expressão cerceado, as irmãs Alcilene e Alcinéa Cavalcante, os jornalistas Humberto Moreira, Domiciano Gomes, Antonio Correa Neto, o jornal Folha do Amapá, o fotógrafo Chico Terra e a Rádio Comunitária Novo Tempo. A jornalista Alcinéa Cavalcante deve cerca de R$ 2,5 milhões por ter publicado a foto de uma charge com o símbolo, nascido em 2006, do movimento Xô Sarney criado naquele Estado pela Sociedade Civil. Os demais jornalistas e blogueiros do Estado também vivem a mesma situação de ver seus minguados recursos serem bloqueados para pagar multas impostas pelas ações do Senador Sarney. No Estado de São Paulo, o Jornal O Estado de São Paulo encontra-se há 137 dias sob censura por ter publicado matérias que continham informações da Operação Faktor, mais conhecida como Boi Barrica. O recurso judicial, que pôs o jornal sob censura foi apresentado pelo empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney. Diante do exposto, nós, participantes da I Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), vimos manifestar através desta moção, nosso repúdio ao senador José Sarney por patrocinar o cerceamento da liberdade de expressão de blogs e meios de comunicação do Amapá, de São Paulo e do Brasil.

Brasília, 17 de dezembro de 2009

MOÇÃO DE REPÚDIO

Pela utilização indevida dos meios de comunicação por parte do grupo político do Senador Gilvam Borges, promovendo-se pessoalmente em detrimento dos interesses maiores da sociedade. As concessões públicas de meios de comunicação precisam servir aos interesses do povo Brasileiro com critérios claros e objetivos, a fim de que não se desvirtue a finalidade do seu uso. Quando interesses públicos dão lugar ao proselitismo político e ao favorecimento pessoal daqueles que se consideram “donos” de concessões, que de fato pertencem a todos nós, expõe-se quanto ainda estamos longe do controle público e democrático dos meios de comunicação. A concentração e o monopólio da informação por parte de políticos detentores de mandatos deve acabar. No Amapá, o Senador Gilvam Borges (PMDB-AP) detém, em nome de interpostas pessoas e parentes, um império de comunicação que congrega três concessões de televisão (as afiliadas locais da MTV, TV Brasil, Rede TV) e pelo menos vinte e três concessões de rádio espalhadas pelo Estado, que fazem diuturnamente apologia a sua figura pessoal. Mantenedor de 7 rádios comerciais e 16 rádios comunitárias, o senador faz formação de rede entre elas a fim de satisfazer seus interesses político-partidários, em nítida contrariedade à lei e aos interesses da sociedade. Também é grave o fato de que Gilvam Borges faz parte da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática – CCT – do Senado Federal e vota a concessão de meios de comunicação no país. Por esta razão, todos que aqui se subscrevem manifestam o total repúdio ao modo utilitarista como grupo político do Senador Gilvam Borges vem se servindo dos meios de comunicação. A finalidade deste grupo político é única e exclusivamente promover a imagem pessoal do senador Gilvan Borges em detrimento dos interesses maiores da sociedade. Repudiamos veementemente a utilização indevida destes meios de comunicação e a manutenção deste sistema feito ao arrepio da lei.

Brasília, 17 de dezembro de 2009