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27 fevereiro 2010

Rádio Comunitária Ecológica: A voz do povo

Visitei em São João Del Rei, a rádio Ecológica, 98,7 FM, uma rádio comunitária, muito parecida com a linha de atuação da rádio comunitária Novo Tempo do bairro Novo Horizonte em Macapá. A rádio foi fundada em 25 de junho de 98 e outorgada em 08 de dezembro de 98. Seu fundador é o atual vice-presidente J. Silva e seu presidente é Valdir Gomes.
J. Silva e Carmezim
Valdir Gomes e J. Silva

26 fevereiro 2010

Golpismo político, jornalismo canalha e os rumos da esquerda – Por Heverson Castro

Ontem e hoje li as matérias que tratam do tema “política ” nos principais blogs e jornais do Amapá. O povo amapaense que tem acesso a internet pode fazer uma análise mais profunda da forma como se faz jornalismo no estado governado pelo silêncio sepulcral da chamada “grande mídia” e o regime ditatorial e de excessão que impera nas redações dos tabloídes que sobrevivem do dinheiro público. Enquanto isso falta merenda escolar, 26 bebês morrem na maternidade e o MP dá início nas apurações de denúncias que podem se transformar no maior escândalo de corrupção da história tucuju , cujo principal mentor é o suposto comandante de uma organização criminosa, chamado Adauto Bitencourt. Os principais jornais de circulação preferem dar enfase a campanha sistemática de desmoralização contra a família Capiberibe e orquestrar manobra golpistas de cunho sensacionalista. Um exemplo claro disso, é o processo movido contra o prefeito de Santana, Antônio Nogueira e o seu irmão, o vereador Zé Luiz. Nesse último, imperam mais mentiras e especulações, do que fatos e notícias. O Partido da Imprensa Governista (PIG), que também poder ser chamado de Partdo da Impresa Góes, usa a estratégia maquiavélica de focar o debate nos setores da oposição, desferindo golpes baixo e iniciando uma campanha pública de desmoralização de forças políticas de esquerda, que ameaçam a continuidade do projeto de poder bancado por Sarney, Waldez, Jorge Amanajás, Gilvam Borges e a coalizão criminosa que saqueia os cofres do povo. É ridículo e beira ao golpismo político a cortina de fumaça que os setores da mídia governista articulam nos últimos dias. A mais recente ofensiva foi tentar confundir a opinião pública, no que tange aos processos de cassação que Roberto Góes soma ao seu currículo político. Dessa vez, a vítima foi a juíza de direito Sueli Pini, tentando colocar em dúvida as cassações do esquentadinho do palácio Laurindo Banha. Tudo por conta de que seu filho pode ou estar filiado ao PSB, o que não muda em nada todo o derrame de dinheiro e a compra de votos nas eleições de 2008. E as outras cassações? O que será que eles irão inventar do juíz Marconi Pimenta? Um dos poucos magistrados que dão exemplo de combatividade à cadeia de corrupção montada nas eleições. O que será que eles irão falar do TSE, se a cassação de Roberto Góes for aceita naquela corte eleitoral? A direita, o governo Waldez, a imprensa e toda a elite amapaense usa a politica do medo e o terrorismo de estado para cooptar a opinião pública. Isso é uma vergonha para nossas instituições democráticas. Até quando o Amapá irá padecer das ações criminosas desse gupo de poder? Até quando iremos ver a esquerda dispersa, almoçando e jantando com aqueles que não representam ruptura com as elites? Será que o egoísmo de nossas lideranças políticas e o sectarismo de esquerda, bem como a ilusão de que se poder construir uma alternativa viável de vitória eleitoral que não seja pela esquerda serão maiores que a esperança? Será que o bom senso e a luta do povo não serão maiores que os interesses e corporativismos de cúpulas partidárias? A resposta está nas mãos daqueles que podem mudar a história política das eleições de 2010. Essa mudança só será possível com a unidade dos diversos partidos e forças políticas de oposição, um verdadeira unidade popular. E essa resposta não está configurada nas candidaturas que representam o pior do possível e a continuídade da barbárie social. Com certeza Jorge Amanajás, Pedro Paulo e Lucas Barreto não representam os anseios de mudança que se rebelam das periferias e dos setores progressistas da sociedade amapaense.

25 fevereiro 2010

Imprensa alternativa: Jornal do Poste

Como uma forma de romper com os padrões da imprensa tradicional, que só publicava o que interessava ao poder vigente, surgiu em São João Del Rei em 01 de outubro de 1.958 o Jornal do Poste para denunciar os descasos que já ocorriam naquela época com o dinheiro público. No início, estes jornais eram colados nos postes da cidade. Hoje são utilizados murais em vários pontos para divulgar as notícias de São João Del Rei.Até hoje este tipo de imprensa livre e independente ainda é muito utilizado pela população conforme fotos abaixo:

Jornal O Repórter Sanjoanense

Mural O Papagaio

Jornal do Poste

Já que a maioria dos meios de comunicação do Amapá está atrelada ao poder vigente,não está na hora de criarmos alguns informativos como estes de São João Del Rei, para denunciarmos a roubalheira que existe do dinheiro público? As cassações que não dão em nada? Os 112 milhões de reais que sumiram da reforma do aeroporto de Macapa? O rombo de mais de 01 bihão de reais da CEA? A falência da CAESA? As obras superfaturadas? O roubo de 200 milhões de reais da Educação?

23 fevereiro 2010

Nivaldo Andrade - Prefeito de São João Del Rei:O único político que derrotou Aécio Neves em Minas Gerais

Entrevista com o Prefeito de São João Del Rei, Nivaldo Andrade(PMDB)
Estou aqui na residência do Prefeito Nivaldo Andrade. Gostaria de agradecer a forma como fui recebido tanto na secretaria de Cultura pelo secretário Ralph Justino, como aqui em sua residência. Quero dar os parabéns pelo belo carnaval que a prefeitura organizou este ano, resgatando as famosas marchinhas, um carnaval de rua bem estruturado, onde as famílias puderam participar com tranqüilidade.
Carmezim: Boa tarde Prefeito
Nivaldo Andrade: Boa tardel. Eu trouxe o Secretário de Cultura Ralph Justino de Tiradentes porque ele é um dos melhores secretários que tenho e é muito competente na área de turismo, para resgatarmos o carnaval de São João Del Rei que a 50 anos não tínhamos um carnaval assim tão bom, com famílias participando, sem brigas. Investimos R$ 500.000,00 no carnaval e deu um resultado muito positivo. O povo se divertiu bastante, a economia da cidade ficou aquecida, o número de turistas aumentou, enfim, correu tudo conforme o planejado.
Carmezim: Tomei a liberdade de colocar no meu blog que o carnaval de São João Del Rei é um dos melhores carnavais de rua de Minas Gerais e do Brasil e vocês conseguiram resgatar o carnaval das famílias, agente viu muitas famílias se divertindo com os filhos, com segurança, aquelas marchinhas famosas dos antigos carnavais, parabéns pela idéia e acho que vocês tem que vender esta idéia para outros municípios.
Nivaldo Andrade: É verdade, aquelas marchinhas antigas, os casais gostam, todo mundo gosta, eu gosto, você gosta. A idéia era resgatar aquilo que era bom no passado e não deixar acabar, foi esta nossa intenção.
Carmezim: Vamos passar agora para a questão político-administrativo, O que me chamou a atenção é que o senhor já foi prefeito três vezes, quatro com esta e uma vez deputado estadual, qual é o segredo deste sucesso nas urnas?
Nivaldo Andrade: Eu ajudo muito o povão, trabalho com o povão e o povão não te deixa na mão, aqui as pessoas da bolsa-família não pagam água, não pagam IPTU, quem ganha um salário mínimo só paga R$ 50,00 de água por ano e R$ 50,00 de IPTU, tem funerária municipal de graça, tem ônibus para Belo Horizonte de graça, tem restaurante popular, tem ambulância nos bairros de graça, tudo é de graça portanto quando tem eleição o povo agradece.
Carmezim: Qual é o orçamento da cidade?
Nivaldo Andrade: Para este ano está previsto R$ 90 milhões e agente tenta dentro desta realidade, administrar, o povo humilde já não paga imposto, aí agente isenta eles porque ele te dá menos trabalho e eles precisam ser ajudados e numa prefeitura já sai tanto dinheiro pelo ralo e ao invés disto, eu deixo sair para os pobres.
Carmezim: É verdade que tem até auto-escola municipal?
Nivaldo Andrade: É verdade, vamos inaugurar daqui a alguns dias e vou fazer um hotel de graça em Belo Horizonte para a população de São João Del Rei, as pessoas quando viajam daqui pra lá não tem onde ficar, então vão ficar agora neste hotel.
Carmezim: No Amapá temos a CAESA que é a empresa que administra a água, aqui temos a COPASA que é do estado e o DAMAE que é uma empresa do município, como funciona isto?
Nivaldo Andrade: A COPASA pegou um bairro porque o custo para a prefeitura era muito alto, quase 50 milhões e o estado quer pegar o resto, esta é uma situação que a Câmara Municipal vai discutir e o que eles resolverem eu vou acatar.
Carmezim: O DAMAE é uma autarquia lucrativa ou a prefeitura tem que injetar recursos para manter?
Nivaldo Andrade: Ela hoje empata, não dá prejuízo nem lucro.
Carmezim: Como é a sua relação com a Câmara Municipal de São João Del Rei?
Nivaldo Andrade: Aqui tem 10 vereadores e tenho uns 08 ou 09 do meu lado. Eu ajudo muito os vereadores, trabalhamos em comum acordo, porque se começar a brigar quem perde é o povo.
Carmezim: O povo aqui comenta que o sr. foi até hoje o único político que derrotou o Gov. Aécio Neves, é verdade isto?
Nivaldo Andrade: É verdade, ganhei do candidato dele em 2.008, o Adenor Simões.
Carmezim: Como é confeccionado e discutido o orçamento público aqui na cidade de São João Del Rei?
Nivaldo Andrade: Agente manda o orçamento para a Câmara Municipal fechado, sempre dentro das necessidades da população, este é meu quarto mandato de Prefeito e sempre foi assim e ta dando certo, mas sempre de acordo com a Câmara.
Carmezim: O senhor consulta a população para fazer o orçamento público?
Nivaldo Andrade: Não, não porque cada um tem uma idéia e como já fui prefeito quatro vezes, eu sei do que o povo precisa.
Carmezim: Qual a relação da prefeitura com o Ministério Público? Pelas informações que tenho existe um monitoramento ostensivo sobre os gastos da prefeitura?
Nivaldo Andrade: Isto existe aqui e no Brasil inteiro, eles fortaleceram muito o ministério Público mas é lei e agente tem que cumprir.
Carmezim: Futuro político, mais algum desafio?
Nivaldo Andrade: Estou com 53 anos, vou ver com minha família que rumo tomaremos, tenho 3 cidades para ser prefeito, Tiradentes, tenho 80 % dos votos, Aqui em Santa Cruz de Minas, ou São João, vou escolher.
Carmezim: O Sanjoanense não reclama do senhor, prefeito de São João, mas morador de Santa Cruz?
Nivaldo Andrade: Não, estes dias estou morando em Tiradentes, o que a população quer, é que eu faça obras, a oposição é quem fala mas sempre foi assim, eu sempre morei aqui em Santa Cruz, Tiradentes e São João Del Rei, O que o pessoal quer é que eu os atenda. Dia de segunda-feira eu atendo aqui umas 500 pessoas, cesta básica, remédio com tudo que precisar.

16 fevereiro 2010

Orçamento público: O que é isto?

Em função dos conflitos ocorridos recentemente entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo referente ao Orçamento Público de 2.010, resolvi escrever algumas linhas para que possamos compreender melhor o porquê de tudo isto.
Em poucas palavras, Orçamento Público é a previsão de receita e de despesa que o governo faz para ser executado no ano seguinte, ou melhor, é um levantamento de quanto vai arrecadar e de onde vem este dinheiro, de quanto vai gastar e onde vai gastar este dinheiro.
Na verdade, não quero entrar no mérito da briga entre os poderes, que, pelo que percebemos, tem muito a ver com as eleições deste ano, quero propor uma discussão ampla com a sociedade organizada, partidos políticos e poderes constituídos.
Esta é uma discussão que precisamos começar a fomentar nas escolas, universidades, sindicatos, associação de moradores e população de um modo geral. Precisamos trazer para nós esta responsabilidade também.
Orçamento Público é coisa séria e sua confecção e detalhamento não pode ficar nas mãos de poucas pessoas, sua discussão tem que acontecer num espaço mais amplo, mais democrático, ou seja, com o envolvimento de todos os segmentos da sociedade organizada.
Para que isto aconteça, é preciso mobilizar a sociedade, participar efetivamente das sessões na Assembléia Legislativa e na Câmara Municipal para convencer estes parlamentares da necessidade de mudar este modelo que é muito falho e na maioria das vezes, não corresponde aos anseios da população. Precisamos elaborar um Orçamento Público que reflita a realidade do Estado e que canalize recursos para as suas prioridades.
Qual é o custo real do Estado do Amapá? Alguém saberia responder? Acho que não porque este levantamento nunca foi feito de uma forma correta. Porque se gasta tanto no Estado do Amapá e os nossos indicadores sociais estão entre os piores do país? Falta de dinheiro sabemos que não é.
Será que dá para enxugar as máquinas administrativas dos poderes, reduzindo custos e com isto aumentando o poder de investimento do Estado? Precisamos de todas estas secretarias? São necessários todos estes cargos comissionados? São necessárias todas as Gerências? Podemos reduzir a quantidade de diárias? Podemos reduzir a quantidade de passagens aéreas? Podemos reduzir a quantidade de carros alugados? Na confecção do orçamento público, cada secretaria ou Autarquia deveria ter a clareza e o compromisso de fazer a sua previsão real, enxuta, sem super estimar o seu custo mas não é isto que acontece. E os outros Poderes? 20% (R$ 500 milhões) não é muito? Quanto custa a Assembléia Legislativa? Quanto custa o Tribunal de Contas? Quanto custa o Tribunal de Justiça? Quanto custa o Ministério Público do Estado? Alguém sabe responder?
Na verdade, se conseguíssemos elaborar um Orçamento Público voltado para a melhoria da qualidade de vida da população, tenho certeza absoluta que sobraria dinheiro para investir na geração de empregos, construção de estradas, casas populares, saúde, educação, água, energia elétrica e saneamento básico.

14 fevereiro 2010

Ô Minas gerais, quem te conhece não esquece jamais...

Estou em São João Del Rei, cidade histórica considerada como tendo um dos melhores carnavais de rua de Minas Gerais e do Brasil. Abaixo algumas fotos do carnaval da cidade onde o nosso Presidente Tancredo Neves nasceu
Carmezim, Elke Maravilha e um folião
Princesas do Carnaval, Rei Momo e Carmezim
Rômulo Viegas, Ex-Prefeito de São João del-Rei e Assessor especial do governo de Minas Gerais, Carmezim e Ralph Justino Secretário Municipal de Cultura

Roberto Góes hexacassado – sai sexta sentença cassando diploma do prefeito de Macapá

Do Notícias Daqui- Blog da Luciana Capiberibe-- A juíza da Décima Zona Eleitoral, Sueli Pereira Pini, proferiu no último dia 9, a sexta sentença cassando o diploma do prefeito de Macapá, Antonio Roberto Góes da Silva (PDT) e de sua vice Helena Guerra (DEM), ambos foram condenados pelo crime de Captação Ilícita de Sufrágio durante o pleito eleitoral de 2008. Roberto e Helena são acusados de distribuir tickets combustíveis a eleitores na véspera das eleições em troca de votos. Comentário: Quantas vezes serão necessárias, cassar o prefeito Roberto Góes, para que a justiça eleitoral o afaste do cargo? Por 6 vezes, já cassaram, e ainda continua no cargo? Tem alguma coisa errada!

13 fevereiro 2010

“Os Cabuçus”

Seria esse o nome do bloco pré-carnavalesco se estivéssemos em Macapá, como estamos em João Pessoa, o nome é “Os Cafuçus”, bloco que sai às ruas de João Pessoa há vinte anos e é um sucesso de público com muita irreverência. Como se verificam nas fotos abaixo:

12 fevereiro 2010

“Carapanãs do Miramar”

Seria esse o nome do bloco pré- carnavalesco se estivéssemos em Macapá, mas, como estamos em João Pessoa, chama-se “Muriçocas do Miramar”, um dos maiores blocos pré-carnavalesco do mundo e que o acompanhei, ontem (10), juntamente com mais de quatrocentas mil pessoas. Entre os 14 trios elétricos que passaram na Av. Epitácio Pessoa, estavam o da cantora Elba Ramalho e do cantor Luis Caldas. Uma festa muito alegre e que tive o prazer de acompanhar com toda a minha família.

11 fevereiro 2010

Lula está errado

Do blog do Noblat:
Não. Ao contrário do que acha Lula, não é ruim para a política brasileira que vá preso um governador apontado pela Polícia Federal como chefe de "uma organização criminosa".
É bom. Muito bom. Porque mostra, nem que seja pela primeira vez, que mesmo um governador está sujeito à lei. E que a impunidade, regra em vigor até hoje, sofreu um abalo.
É espantosa a mania cultivada por Lula de passar a mão na cabeça de bandidos. Ou melhor: de supostos bandidos.
A corrupção pode não ter crescido no período Lula. Mas banalizou-se.
Essa será a herança maldita que ele legará ao seu sucessor.
Comentário meu: É bom que outros governadores que tenham processos, por foro privilegiado, no STF e que roubam dinheiro público, saibam que o mesmo pode acontecer a eles. E eu torço para que todos acabem atrás das grades.

10 fevereiro 2010

Twittou!

Ta no twitter de Yashagallazzi: 26 crianças morreram na maternidade de Macapá. Qual a surpresa? Um estado que elege Sarney obviamente não cuida de suas crianças...

06 fevereiro 2010

Randolfe Rodrigues em entrevista ao PCC (Programa Consciência Cidadã)

Em entrevista ao PCC (Programa Consciência Cidadã) na 105.9 FM, Rádio Comunitária Novo Tempo, o ex-deputado, presidente estadual do PSOL e membro da executiva nacional do PSOL, Randolfe Rodrigues, nos falou de eleições 2010.

PCC:- Randolfe, você mesmo sem mandato, há bastante tempo, está sempre sendo citado como um bom nome para essas eleições de 2010, seja pela imprensa, nas ruas, seja nos bastidores políticos. A que você atribui esse “destaque”, da sua pessoa, no contexto político amapaense?

RR:- A sociedade amapaense sempre foi muito generosa comigo e eu sempre fiz questão de construir a minha vida dialogando com todos os setores. Eu acho que o estreitismo e as posições de apartação, em nada contribuem. As minhas posições políticas sempre foram muito claras e sempre tive um lado, mas eu faço questão de construir a minha trajetória política, sendo firme nas posições, mas sem ser sectário nas relações.

PCC:- Sobre a conjuntura eleitoral? Seu nome está colocado como candidato ao senado pelo seu partido (PSOL), mas muita gente acha que você poderia representar os partidos, ditos de esquerda e oposição, com o seu nome, ao governo do estado. Como seu partido analisa essa última posição?

RR:- Eu acho que os últimos acontecimentos, essa provável construção de aliança entre o presidente da Assembléia Legislativa (Jorge Amanajás) e o vice-governador (Pedro Paulo) aponta a conformação de um bloco unitário das forças, que pareciam divididas, que governam o Amapá. Essa conclusão nos leva ao raciocínio de que há uma necessidade de unidade das forças de oposição, de unidade das forças mudancistas. Precisamos construir uma alternativa comum, pois eu vejo que o campo está fértil para ampliarmos o nosso bloco. Eu vejo um aspecto diferente entre as eleições de 2006 e essa que acontecerá em2010. Nas eleições de 2006 todas as forças, do poder, estavam organizadas em torno da candidatura do atual governador do estado e só tinham duas candidaturas, na prática, de oposição, a candidatura do PSOL com o Clécio Luiz e a do PSB com João Capiberibe. Já esse ano nós percebemos que existe um leque maior de forças dissidentes com o bloco que governa o Amapá. Nós temos o bloco que disputou as eleições em 2008 formado por PSB, PSOL e PMN, temos setores do PT que já em 2008 apontaram para o caminho da mudança, nós temos o próprio Lucas Barreto que se coloca e se reivindica como oposição e temos também vários setores da sociedade civil que não estão tão agarrados, tão vinculados ao poder, como estavam antes. Podemos citar como exemplo disso o que ocorreu com a eleição da OAB, onde foi eleita uma chapa, independente, que não é atrelada as forças que governam o estado, podemos citar também como exemplo, da mesma forma, as eleições do Sindicato dos Urbanitários. Então eu estou sentindo um clima muito parecido com o que aconteceu aqui no Amapá, em 1994, quando as forças de oposição se agruparam em torno de João Capiberibe e conquistaram o governo naquele ano. Se nós tivermos a maturidade necessária para compreendermos que se eles se unirem do lado de lá, nós teremos que nos unirmos do lado de cá. Se assim for, com certeza essas eleições tende a ser de mudanças.

PCC:- Nos bastidores, quando se conversa e se coloca a possibilidade de uma ampliação das forças de oposição, para as eleições de 2010, sempre se questiona se o PSOL aceitaria determinadas coligações, dentro do grupo de oposição, como por exemplo, esses setores do PT do qual o senhor já falou. Têm fundamento esses questionamentos? O senhor seria contrário a essas possíveis coligações?

RR:- Me conhecem pouco, os que assim imaginam, ledo engano, ao contrário, eu estou afirmando aqui, em alto e bom som, eu acredito que a construção de uma aliança do lado de lá, impõe, a necessidade maior de uma aliança do lado de cá. Nós temos que construir uma frente ampla de oposição, e queremos ajudar nessa construção. Com relação a alguns setores do PT, nós temos como exemplo, o prefeito de Santana, Antonio Nogueira, que tem se localizado dentre as forças que querem mudança, desde às eleições de 2008, e Santana tem pago caro por isso. Existe uma perseguição brutal, contra Santana e o prefeito Nogueira.

PCC:- Em entrevista ao nosso programa o senador Capiberibe citou entre alguns nomes, o seu nome, como uma possível candidatura ao governo do estado, representando uma frente pela mudança. Como o senhor avalia isso?

RR:- Primeiro, uma citação do Capiberibe sobre o meu nome, é algo que preenche o meu currículo, é algo que me envaidece muito, eu me sinto lisonjeado com a citação do Capi e com a possibilidade colocada. A minha disposição na eleição, desse ano, é debater o estado é debater o Amapá, eu não tenho nenhuma vaidade por conquista desesperada de mandato político. Se tiver uma coisa que me fez bem nesses quatro anos, sem mandato parlamentar, foi afastar o compromisso e a responsabilidade que se tem na eleição seguinte de ter que ser conduzido a um mandato político, não tenho essa vaidade, eu posso cumprir um papel importante para o Amapá, para as oposições, nesse momento histórico, debatendo o Amapá seja na candidatura ao senado ou na candidatura ao governo. Essas duas candidaturas possibilitam um debate que eu gostaria de travar, sobre os rumos e sobre a necessidade de mudar esses rumos de desenvolvimento do Amapá.

03 fevereiro 2010

Eu, governador

Quem ouviu o discurso do governador, Waldez Góes, ontem (02/02) na Assembléia Legislativa, na sessão inaugural de 2010, saiu com a impressão de que no Amapá estão tudo as mil maravilhas. E isso não é verdade. É sonho, é viagem, é irreal, é mentira!

Teve deputado que disse ter levado um detector de mentiras e que a maquina não agüentou 4 minutos de discurso, ou seja, de tanto ser acionada, queimou!

Outro, ex-deputado, disse baixinho no ouvido, de outro deputado: “É o Super-Homem, fez tudo sozinho e só ele fez pelo Amapá, é incrível”.

O deputado Edinho Duarte (PP-AP) escutou impacientemente o governador falar da UEAP, como se ele fosse o pai da criança. Pela cara que fez Edinho Duarte, o governador estar mais para “padrasto malvado”, pois falou da UEAP como se o mérito pela sua implantação fosse só, e somente só, dele.

Sobre o déficit habitacional; foi exemplar, avanço espetacularmente excepcional. Das 31 mil casas necessárias (segundo a FGV) e das 10 mil prometidas, foram construídas quatrocentos e poucas. Extraordinário! O restante? Serão construidas em 2010, mas só depois das eleições!

Em fim falou muito, de quase tudo, só não falou da crise orçamentária e sua solução, nem de quem vai apoiar para o governo do estado em 2010 e nem se vai sair ou ficar no cargo de governador para concorrer, ou não, nas eleições de 2010 ,ao Senado Federal.

E a saúde? Vai bem, obrigado.

E o PP parecia nem existir! Principalmente no discurso!