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21 janeiro 2011

VII Congresso da ABRAÇO-Nacional, aprova moção de apoio ao casal Capiberibe.

MOÇÃO DE APOIO AO CASAL JOÃO E JANETE CAPIBERIBE

Contra a articulação política, maléfica, empreendida pela maior oligarquia da história do Brasil, que é a oligarquia Sarney, associada a um esquema político-jurídico que historicamente tem cometido barbáries contra a Nação Brasileira e contra companheiros de luta que se arvoram a enfrentar esses grupos das elites dominantes, que tentam dominar tudo: a economia, a comunicação, a política e acima de tudo a vontade soberana do povo como é o caso do casal Capiberibe onde o povo do Amapá, através do voto, os escolheram por duas vezes representantes no Senado e na Câmara Federal, respectivamente, e que esses direitos lhes foram e estão sendo surrupiados por esse esquema deformante, escabroso, pernicioso e tão poderoso que chegam a impor uma condição de governabilidade em detrimento das vontades egoístas desses pequenos grupos dominantes, confrontando assim a vontade soberana da maioria do povo brasileiro.

Por essas razões, queremos dizer que estaremos de olho na decisão que será tomada pelo STF relacionado ao processo que trata das questões do caso do casal Capiberibe e exigimos que prevaleça a vontade da maioria do Povo Amapaense e que prevaleça a justiça.

VII Congresso da ABRAÇO-Nacional

Mesa de abertura
Governador do Amapá na mesa de abertura
Radialistas comunitários de todo Brasil
Delegação do Amapá
Tendas de grupos de debates

20 janeiro 2011

Formação do coletivo das mulheres no congresso da ABRAÇO-Nacional

MULHERES DE TODO O MEU BRASIL BRASILEIRO!

É UMA HONRA ESTAR AQUI COMO REPRESENTANTE DAS MULHERES DO RÁDIO..., DE UM ESTADO CHAMADO BAHIA,

TERRA DE TODOS OS DEUSES, DE TODOS OS SANTOS, E QUE É CANTADA EM PROSAS E VERSOS POR TODOS OS RINCÕES DESTE NOSSO PAÍS..., E ENCANTA QUANDO SE DIZ:

QUE “NAQUELA CIDADE TODO MUNDO É DE OXUM”, OXUM, QUE NA MITOLOGIA YORUBA, É UM ORIXÁ FEMININO, GENEROSA E DIGNA, OXUM É A RAINHA DE TODOS OS RIOS E CACHOEIRAS, VAIDOSA, E LINDA É A MAIS IMPORTANTE ENTRE AS MULHERES NO CANDOMBLÉ.

E É COM ESTA IMPORTANCIA, BELEZA, ENCANTO, MAGIA E TALENTO, QUE NÓS, MULHERES DO RÁDIO FAZEMOS A DIFERENÇA COM NOSSAS VOZES...,

COM O NOSSO JEITO, COM NOSSA SENSIBILIDADE, COM O NOSSO CARINHO, PELOS MICROFONES DESTE BRASIL A FORA.

HÁ MUITOS ANOS ATRÁS, AS NOTICIAS SÓ CHEGAVAM MESMO NA CASA DAS PESSOAS,

E EM TODOS OS CANTOS DESTE PAÍS, ATRAVÉS DO RÁDIO.

NINGUÉM PODERIA SEQUER IMAGINAR QUE A TELEVISÃO SERIA INVENTADA OU QUANDO CHEGARIA AO BRASIL COM SUA RAPIDEZ DE IMAGENS E INFORMAÇÕES.

E FOI NOS IDOS ANOS DE 1922, QUE ACONTECEU A PRIMEIRA TRANSMISSÃO RADIOFÔNICA...

E AS EMISSORAS CHAMADAS DE “AMADORAS”, COMEÇARAM A TRANSMITIR EM 1923, TAIS COMO A RÁDIO SOCIEDADE DO RIO DE JANEIRO, DE SÃO PAULO OU A RÁDIO CLUBE (PARANÁ, PERNAMBUCO, SÃO PAULO, SANTOS E RIBEIRÃO PRETO).

QUERO COM ISTO..., “SALIENTAR AQUI A TERMINOLOGIA UTILIZADA COM REFERÊNCIA A ESSAS RÁDIOS, AMADORAS”, POIS NÃO ERAM RÁDIOS COMUNITÁRIAS, É CLARO...

E SIM COMERCIAIS. POR ISTO...

PERGUNTO EU AGORA:

SERÁ QUE, SE FOSSEM RÁDIOS COMUNITÁRIAS... RECEBERIAM ESTE MESMO ADJETIVO?

OU SERIAM TRATADAS COM DESVELO E DESRESPEITO, MESMO PRESTANDO SERVIÇO DE GRANDE RELEVANCIA PARA A COMUNIDADE, COMO “PIRATAS”? PIRATAS NÃO... NUNCA FOMOS... SOMOS RÁDIOS LIVRES E COMUNITÁRIAS...

O TERMO AMADORAS COMPANHEIRAS, CABE BEM MELHOR PARA TODAS NÓS RÁDIOS COMUNITÁRIAS... POIS, COM SACRIFICIO, COM GARRA, COM MILITANCIA, NOS LIVRANDO DAS PERSERGUIÇÕES, RESPONDENDO PROCESSOS..., BUSCAMOS MANTER OS NOSSOS CANAIS NO AR, ATÉ COM UM CERTO AMADORISMO SIM, MAS COM PAIXÃO, POR AMOR AO NOSSO IDEAL, POR AMOR AO RÁDIO E A COMUNICAÇÃO DE UMA FORMA GERAL, E É POR ISTO QUE PODEMOS SER ADJETIVADAS COMO RADIOS LIVRES, AMADORAS..., DEMOCRATICAS...POIS TODOS BEM SABEM, QUE NOS CANAIS COMUNITÁRIOS... EXERCITAMOS A LIBERDADE DE EXPRESSÃO PROPRIAMENTE DITA, AMPLIFICAMOS A VOZ DO POVO, EXERCITAMOS A IMPRENSA LIVRE E DEMOCRATICA...

BUSCAMOS JUNTO AO POVO A NOSSA INSPIRAÇÃO, A NOSSA FORÇA, POIS É O POVO BRASILEIRO O GRANDE PROTAGONISTA DA NOSSA CAMINHADA E MERECE TODO O NOSSO RESPEITO.

A IMPRENSA LIVRE É A LUZ DA LIBERDADE...

É O PILAR DE SUSTENTAÇÃO DA DEMOCRACIA.

ATRAVÉS DAS NOSSAS VOZES PELAS ONDAS MAGNÉTICAS DO RÁDIO, UNIMOS ESTE PAÍS DE NORTE A SUL.

SOLTAMOS AS NOSSAS VOZES, DANDO O BRILHO HOLLYWODIANO AO NOSSO SEGMENTO, GARANTINDO ASSIM O SUCESSO IMEDIATO DAS NOSSAS TRANSMISSÕES.

SOMOS NÓS COMUNICADORES (AS) POPULARES E COMUNITÁRIAS... OS GRANDES ALICERCERES DESTA DEMOCRATIZAÇÃO COMUNICATIVA NESTE PAÍS.

E NÓS MULHERES DO RÁDIO, DESEMPENHAMOS ESTE PAPEL COM MAESTRIA, FAZENDO A HARMONIA SONORA PARA OS NOSSOS OUVINTES...

INFORMANDO, ENTREVISTANDO, DEBATENDO, OPINANDO, EMBALANDO OS SEUS SONHOS.... O SEU SONO... E O SEU DESPERTAR..., SOMOS COMPANHEIRAS FIEIS NAQUELES MOMENTOS EM QUE ESTAMOS NO AR, INTERAGINDO E BUSCANDO SOLUÇÕES PARA AQUELA COMUNIDADE...

TORNANDO-NOS ASSIM, NAQUELES INSTANTES... UM ENTE PRESENTE DE CADA FAMILIA EM TODOS OS DIAS DA VIDA DE QUALQUER CIDADÃO BRASILEIRO.

SOMOS NÓS MULHERES RADIALISTAS..., NEGRAS.., BRANCAS..., INDÍGENAS..., MÃES.., AVÓS..., AMANTES DO RÁDIO, QUE COM MUITO CARINHO PREPARAMOS OS NOSSOS PROGRAMAS CRIANDO O NOSSO PRÓPRIO ESTILO..., MUITAS VEZES, DEIXANDO OS NOSSOS FILHOS EM CASA, VAMOS CUMPRIR O NOSSO DEVER SOCIAL DE INFORMAR AS NOSSAS COMUNIDADES, NOS DIVIDINDO..., INTERANGINDO..., TRANSFORMANDO A VIDA DAS PESSOAS..., NOS COLOCANDO Á DISPOSIÇÃO PARA DIRIMIR DUVIDAS..., PROBLEMAS..., ENFIM... SENDO A AMIGA DE CADA OUVINTE.

ESTA NOSSA FORMA DELICADA E ALEGRE DE SER, É INCONFUNDÍVEL E FAZ A PROGRAMAÇÃO MAIS VIBRANTE E COM SUCESSO GARANTIDO.

A PARTIR DE HOJE A ABRAÇO, REGISTRA NAS PAGINAS DO TEMPO E NA HISTÓRIA DA DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO UM MARCO IMPORTANTE E DIFERENCIADO..., COM A CRIAÇÃO DO COLETIVO DE MULHERES DO RÁDIO...

QUE DE FORMA DESCENTRALIZADA, COM REPRESENTATIVIDADES ESTADUAIS, REGIONAIS, MUNICIPAIS, TRABALHARÁ EM PERFEITA SINTONIA COM A LIBERDADE DE EXPRESSÃO, RESPEITANDO OS PRINCIPIOS DA DIVERSIDADE DE GÊNERO, RAÇA..., CLERO, POR TODOS OS RINCÕES DESTA NAÇÃO CHAMADA BRASIL.

SOMOS NÓS, MULHERES COMPROMETIDAS..., E HOMENS QUE ACREDITAM NA FORÇA DAS MULHERES...., QUE TEMOS ESTE DEVER SOCIAL..., DE DIFUNDIR AS POLITICAS PÚBLICAS DE GOVERNO, O RESPEITO A TODAS AS DIVERSDADES, SEJA DE GENERO, ETNIA, SÓCIO- CULTURAL, ECONOMICAS..., AMBIENTAIS..., SOMOS NÓS QUE ESCLAREMOS E DIFUNDIMOS OS DIREITOS E DEVERES DE CADA CIDADÃO NAS COMUNIDADES CARENTES E DISTANTES NO NOSSO DIA A DIA...

RESGATANDO ASSIM A CIDADANIA DE CADA BRASILEIRO OU BRASILEIRA...,

FAZENDO- OS...

SENTIR-SE PARTE INTEGRANTE NESTE PROCESSO CONSTRUTIVO NOVO, ONDE ELE É O GRANDE PROTAGONISTA, DESTA NOSSA CAMINHADA...

ÊSTE DEVER SOCIAL NOS CABE, COMPANHEIRAS...

E É COM ESTE DEVER DIÁRIO E CONTINUO QUE TEMOS A CERTEZA DE UM FUTURO MELHOR PARA AS CRIANÇAS E JOVENS DE HOJE, QUE FARÃO O BRASIL DO AMANHÃ, FORTE, IGUALITÁRIO E MAIS HUMANO.

QUERO PARABENIZIAR A TODAS (OS) QUE JÁ CONTRUIBUEM PARA ESTE SEGMENTO...

E DIZER..., QUE NA UNIÃO DESTAS NOSSAS VOZES, ESTAMOS RESGATANDO UM GRANDE PATRIMONIO IMATERIAL DO POVO BRASILEIRO, QUE É A SUA DIGNIDADE E CIDADANIA.

QUERO PARABENIZAR A TODAS (OS) NÓS, POR ESTA ESCOLHA SUBLIME DE FAZER RÁDIO COMUNITÁRIA..., E MANTER VIVA ESTA CHAMA IDEALISTA SOCIAL DENTRO DE CADA UM DE NÓS... APROVEITO PARA PARABÉNIZAR TAMBEM A TODOS OS DIRIGENTES DESTE PÁIS..., QUE ACREDITAM E RESPEITAM O NOSSO SEGMENTO E ESTE NOSSO IDEAL..., POIS É COMO BEM DIZ A NOSSA PRESIDENTE DILMA ROUSSEF, “É PREFERIVEL OUVIR O BARULHO DAS CRITICAS DE UMA IMPRENSA LIVRE, DO QUE O SILÊNCIO CRUEL DA DITADURA”.

VIVA A DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO!

VIVA A ERA DAS MULHERES!

VIVA O POVO BRASILEIRO!

BOM CONGRESSO E OBRIGADA.

*Kamayura Saldanha é Coordenadora Executiva da ABRAÇO – BAHIA e Representante do Coletivo das Mulheres Gênero e Raça.

16 janeiro 2011

Governo recupera 20 leitos no Hospital Alberto Lima

Sexta-feira, dia14, o governador Camilo Capiberibe juntamente com o secretário de saúde, Evandro Gama, estiveram no Hospital Alberto Lima com o intuito de começar uma das mais difíceis tarefas do governo que se inicia, que é a recuperação do sistema de saúde do estado do Amapá. Na ocasião foram entregues 20 leitos, recuperados, e a promessa de entrega de mais 50 leitos dentro de mais alguns dias. O governador, Capiberibe, enfatizou que “não basta apenas disponibilizar os leitos, temos que dar estrutura de atendimento digno a população, ou seja, temos que ter pessoal suficiente, medicamentos, médicos, uma estrutura mínima, possível, para que o paciente possa ser bem atendido”.

Enfatizou também a necessidade de concurso público para preenchimento do quadro de pessoal da área da saúde, por essa razão foram renovados todos os contratos, que são num total de novecentos, só nesse setor, e a retomada das obras do Hospital de Santana que se encontram paralisadas a mais de sete anos. Questionado sobre prazos para conclusão das obras de Santana o governador disse: “Não medirei esforços para que possamos entregar, essa obra, à população de Santana o mais breve possível”.

09 janeiro 2011

Dilma tira crucifixo do gabinete. Falta o resto do país

Do blog do Sakamoto:

A Folha de S. Paulo, deste domingo, traz a informação de que a presidenta Dilma Rousseff, em sua primeira semana de trabalho, retirou o crucifixo da parede de seu gabinete e a bíblia de sua mesa. Foi uma medida simples, mas carregada de um simbolismo que surpreende.

Defendo fortemente que o exemplo seja seguido por todos os que ocupam cargos públicos no país. Dilma afirmou ser católica durante as eleições (ok, como disse na época, eu ainda aposto que ela e José Serra são, no limite, agnósticos – mas vá lá), mas não foi eleita para representar apenas cristãos e sim cidadãos de todas as crenças – inclusive os que acreditam em nada.

A questão da retirada de crucifixos, imagens e afins de repartições públicas gerou polêmicas ao longo da história a partir do momento em que um Estado se afirma laico (e não desde o lançamento do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, como querem fazer crer o pessoal do “não li, mas não gostei”). A França retirou os símbolos religiosos de sedes de governos, tribunais e escolas públicas no final do século 19. Nossa primeira Constituição republicana já contemplava a separação entre Estado e Igreja, mas estamos 120 anos atrasados em cumprir a promessas dos legisladores de então.

Em janeiro do ano passado, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lançou uma nota em que rejeitou “a criação de ‘mecanismos para impeder a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União’, pois considera que tal medida intolerante pretende ignorar nossas raízes históricas”.

Adoro quando alguém apela para as “raízes históricas” para discutir algo. Na época, lembrei que a escravidão está em nossas raízes históricas. A sociedade patriarcal está em nossas raízes históricas. A desigualdade social estrutural está em nossas raízes históricas. A exploração irracional dos recursos naturais está em nossas raízes históricas. A submissão da mulher como reprodutora e objeto sexual está em nossas raízes históricas. As decisões de Estado serem tomadas por meia dúzia de iluminados ignorando a participação popular estão em nossas raízes históricas. Lavar a honra com sangue está em nossas raízes históricas. Caçar índios no mato está em nossas raízes históricas. E isso para falar apenas de Brasil. Até porque queimar pessoas por intolerância de pensamento está nas raízes históricas de muita gente.

Quando o ser humano consegue caminhar a ponto de ver no horizonte a possibilidade de se livrar das amarras de suas “raízes históricas”, obtendo a liberdade para acreditar ou não, fazer ou não fazer, ser o que quiser ser, instituições importantes trazem justificativas fracas como essa, que fariam São Tomás de Aquino corar de vergonha intelectual. Por outro lado, o pessoal ultraconservador tem delírios de alegria.

A ação da presidenta não foi a única. Em 2009, o Ministério Público do Piauí solicitou a retirada de símbolos religiosos dos prédios públicos, atendendo a uma representação feita por entidades da sociedade civil e o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro mandou recolher os crucifixos que adornavam o prédio e converteu a capela católica em local de culto ecumênico. Algumas dessas ações têm vida curta, mas o que importa é que percebe-se um processo em defesa de um Estado que proteja e acolha todas as religiões, mas não seja atrelado a nenhuma delas.

É necessário que se retirem adornos e referência religiosas de edifícios públicos, como o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. Não é porque o país tem uma maioria de católicos que espíritas, judeus, muçulmanos, enfim, minorias, precisem aceitar um símbolo cristão em um espaço do Estado. Além disso, as denominações cristãs são parte interessada em várias polêmicas judiciais – de pesquisas com célula-tronco ao direito ao aborto. Se esses elementos estão escancaradamente presentes nos locais onde são tomadas as decisões sem que ninguém se mexa para retirá-las, como garantir que as decisões serão isentas?

Como já disse aqui antes, o Estado deve garantir que todas as religiões tenham liberdade para exercer seus cultos, tenham seus templos, igrejas e terreiros e ostentem seus símbolos (tem uma turma dodói da cabeça que diz que isso significaria a retirada do Cristo Redentor do morro do Corcovado – afe… por Nossa Senhora!). Mas não pode se envolver, positiva ou negativamente, em nenhuma delas. Estado é Estado. Religião é religião.

Como é difícil uma democracia respeitar suas minorias.

* Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política.