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20 fevereiro 2011

Bacana, né não?

- Prefeito Roberto Góes sai da prisão e é recebido com festas e discursos, elogiosos, na Câmara, pela maioria dos vereadores. A base do prefeito, na Câmara, continua firme. Porque será?

- Movimento Mãos Limpas é rechaçado por partidários do prefeito Roberto Góes, na Câmara, e não conseguem usar a tribuna que lhes fora reservado, há uma semana, com aprovação de todos os vereadores. Até ficou parecendo que quem saiu da cadeia foi o MML. Há coitados!

- A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), não dá sossego ao governo do estado do Amapá (CEA). Essa semana “desencavou” mais uma multa no valor de 1,4 milhão. Já é mais de oito milhões em multas, só esse ano. E haja pressão! No governo passado não era assim. O pau que bate em Chico não batia em Francisco. “Mistérios do Lobisomem”, como diz o poeta!

-Os Borges (PMDB) se posicionam como oposição ao governo estadual, descendo “taca” em setores do governo, que eles ajudaram a desmantelar, como a Educação e a CAESA. Que o diga o engenheiro Ruy Smith (Presidente da CAESA). Porque será? Dizem as más línguas ou as boas línguas, que é porque acabou a boquinha, da viúva, que sustentava o “Sistema”!

-TJAP (Tribunal de Justiça do Amapá) continua pedindo vistas no caso do julgamento do Agravo Regimental ajuizado por Dalto Martins. Até quando? Acho que até “perder de Vistas”!

- Já são três testemunhas que disseram ao MPF que participaram da armação dos Borges (Gilvan e Geovane) contra o casal Capiberibe (João e Janete) no caso da cassação dos mandatos de Senador e Deputada Federal em 2005 e 2006 respectivamente. A verdade sempre vem à tona!

13 fevereiro 2011

Ficha limpa.

Da folha.com-poder

Maluf é multado em R$ 800 mil nas Ilhas Jersey

MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO

Duas empresas internacionais, cujo controle é atribuído ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e a seus familiares, terão de pagar 300 mil libras (R$ 800 mil) de custas judiciais à corte das Ilhas Jersey por terem perdido uma apelação relacionada ao bloqueio de US$ 113 milhões (R$ 188 milhões).

O valor está bloqueado desde 2009. Maluf é acusado de ter desviado recursos públicos durante a construção do túnel Ayrton Senna e da avenida Roberto Marinho, em São Paulo, em sua gestão à frente da prefeitura paulistana (1993-1996).

Ele teria recebido US$ 344 milhões do valor desviado, segundo o Ministério Público. Maluf nega o desvio, o controle sobre as empresas e a existência de contas em seu nome fora do país.

É a segunda vez que os advogados de Maluf têm de fazer pagamentos à Corte Real de Jersey, que fica no Canal da Mancha, ao lado do Reino Unido. Em 2009, por conta de outra contestação que perdeu sobre a quebra de sigilo de contas, ele teve de pagar 400 mil libras (R$ 1,068 milhão em valores de hoje).

O dinheiro cobrado pela Justiça de Jersey virá para a Prefeitura de São Paulo, que tenta recuperar os recursos supostamente desviados.

Do US$ 113 milhões bloqueados pela Justiça de Jersey, US$ 22 milhões são reclamados pela Prefeitura de São Paulo.

O restante deve ficar com a União, que é beneficiada, em tese, nos casos de crime de lavagem de dinheiro.

Os advogados das empresas Durant International e Kildare Finance queriam que a Justiça das Ilhas Jersey remetesse o processo sobre o bloqueio para o Brasil.

Apesar de Maluf negar que tenha relação com as duas empresas, seus advogados alegavam que a suposta fraude, os acusados e as testemunhas do suposto desvio são do Brasil --o que justificaria a remessa do processo.

Num dos trechos da decisão, os juízes apelação, perguntam: "Pode a admissão de envolvimento da família de Maluf alterar essa situação?" Eles mesmo respondem logo em seguida que os advogados de Maluf relataram na apelação que ele tem "interesse direto e indireto" no caso.

A Corte Real diz que alegações de que o processo sobre o bloqueio deveria ser transferido para o Brasil não tem fundamento porque o dinheiro está depositado em banco em Jersey, o que faz da ilha o fórum natural do caso.

Dos US$ 113 milhões congelados, cerca de US$ 100 milhões são em ações da Eucatex. Maluf e o Deutsche Bank são acusados de terem feito uma operação financeira na qual usaram os recursos desviados da prefeitura para capitalizar a Eucatex.

OUTRO LADO

A assessoria de Paulo Maluf nega com veemência que ele tenha contas em seu nome nas Ilhas Jersey ou em qualquer outro lugar fora do Brasil.

Assessores rebatem também a acusação de que as empresas Kildare Finance Limited e Durant International Corporation sejam controladas por Maluf ou por seus familiares, como defende o Ministério Público de São Paulo e a promotoria de Nova York.

Também não tem fundamento, de acordo com a assessoria de Maluf, as acusações de desvios de recursos da prefeitura e de uso de parte de valores para capitalizar a Eucatex.