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05 novembro 2010

Camilo Capiberibe, governador eleito.

Parte da entrevista do governador eleito, Camilo Capiberibe, ao programa “Consciência Cidadã” na Rádio Comunitária Novo Tempo FM 105.9, no dia 03/11/2010:

Mauricio Medeiros – Governador, nós encontramos hoje pela manhã um jovem, que é ouvinte do nosso programa, e ele pediu que perguntássemos: O que realmente o Senhor Pretende fazer com o programa “Amapá Jovem”?

Gov. Camilo Capiberibe – Nós vamos reestruturar esse programa para que ele possa cumprir sua função. O programa “Amapá Jovem” não é só dar uma bolsa, é dar uma bolsa e dar oficinas. É uma política integral de atendimento a juventude, coisa que não ta acontecendo hoje. Hoje o “Amapá Jovem” não cumpre a sua função, não faz a sua tarefa. Ele apenas garante a bolsa. O que nós vamos fazer? Nós vamos continuar o pagamento da bolsa, mas vamos estruturar o programa para ele oferecer, também, a política de atendimento, a política de formação, a política integral para a juventude. E é isso o que vamos fazer com o “Amapá Jovem”.

Carlos Carmezim – O senhor quando assumir o governo do estado do Amapá, dia 1º de Janeiro de 2011, vai pegar um estado com muitos problemas; de infra-estrutura, de saneamento básico, estradas, déficit habitacional, falta de água, parque energético saturado, dívidas e muitos outros. O que o senhor pode falar para a população sobre esses desafios?

Gov. Camilo Capiberibe – Acho que nós temos um desafio muito grande, que é reorganizar esse estado, depois dele ter sido bagunçado, pela falta de compromisso com o futuro do povo amapaense. Vai dá muito trabalho, mas o tamanho do desafio não me desanima, eu sou muito otimista, eu acredito que a política feita de maneira ética, correta, com transparência, vai nos permitir botar o estado do Amapá para frente e superar esses grandes desafios que teremos pela frente. Eu não tenho dúvida nenhuma, eu confio muito no futuro do Amapá, eu confio no futuro desse governo da mudança, que será construído da mesma maneira que construímos essa campanha vitoriosa, num momento em que ninguém acreditava. Eu garanto a população que nós vamos tomar as decisões que vai colocar o estado novamente nos eixos. Com a união de lideranças políticas nós vamos fazer do Amapá uma terra de desenvolvimento e garantir uma saúde de qualidade, uma educação de qualidade, garantir uma infra-estrutura necessária, um porto desenvolvido, aeroporto construído, estradas concluídas e etc.

Mauricio Medeiros – A manchete principal, hoje, no “Jornal do Dia” é a seguinte: “Camilo diz que irá consultar Sarney para tomar decisões de governo.” Até que ponto essa manchete jornalística é verdadeira?

Gov. Camilo Capiberibe – Não tem verdade nenhuma nessa afirmação. Eu jamais disse isso. O que eu disse é que o senador Sarney é senador pelo Amapá e que eu vou convidá-lo a trabalhar pelo povo do Amapá, porque eu acho que é justo, ele recebe o salário dele, como senador, graças ao voto do povo do Amapá, que lhe foi dado em 2006, e ele tem que ser um senador que vai trabalhar pelo Amapá, independente de gostar ou não do deputado Camilo Capiberibe ou de gostar ou não do PSB. Ele vai ser convocado a dar uma resposta ao povo do Amapá sobre os graves problemas que nós enfrentamos. E assim será com todos que tenham mandatos. Eles terão que dar respostas ao povo do Amapá e não ao governo ou ao governador. Então, nesse caso especificamente, o “Jornal do Dia” não tem interesse de informar e sim de desinformar.

Mauricio Medeiros – Com relação à precariedade de todo sistema de saúde pública do estado do Amapá. No seu governo, o que o senhor planeja fazer para reestruturar e organizar esse setor?

Gov. Camilo Capiberibe – O que eu vou fazer é aplicar os recursos da saúde na saúde, é muito simples. Agente não vai melhorar a saúde se os recursos, destinados a isso, forem mal gastos, desperdiçados ou roubados. O que eu vou garantir de imediato é que os recursos destinados a saúde sejam bem aplicados, para garantir os remédios nos hospitais, Garantir que os contratos de prestações de serviços sejam compatíveis com os serviços que estão sendo prestado, garantir o médico, o trabalhador da saúde, a manutenção dos equipamentos e etc. E vamos fazer isso tudo já em janeiro.

Carlos Carmezim – Com a queda no repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), os municípios amapaenses têm passado muitas dificuldades. O que o senhor planeja, para ajudar aos municípios, com relação a esse problema?

Gov. Camilo Capiberibe – Nós vamos garantir os recursos de contra partida da execução das emendas parlamentares. Tem muito dinheiro das emendas. Só para citar como exemplos, Cutias tem 10 milhões, Calçoene tem 12 milhões, mas o governo não tem os recursos para contra partida, então eu já vou negociar, no orçamento agora, para que agente possa consignar um determinado valor especifico para garantir a contra partida para os municípios, e que eles possam executar. Se um município como Cutias conseguir executar 10 milhões de emendas será uma revolução para aquele município porque é muito recurso e a economia vai girar. Calçoene é a mesma coisa. É uma maneira de o estado ajudar aos municípios a trabalharem e termos a garantia de que, com essa parceria, o estado do Amapá estará desenvolvendo todos os municípios, independente de cor partidária.

Mauricio Medeiros – A Assembléia Legislativa, hoje, voltou a funcionar normalmente. Como foi a recepção, dos seus colegas parlamentares, com relação ao futuro governador do estado?

Gov. Camilo Capiberibe – Foi muito positiva. Os deputados todos reconheceram que nós vencemos essas eleições com muita coragem, com muita determinação, e que o povo escolheu a verdadeira mudança e que foi uma vitória justa. Tenho certeza que nos próximos anos, certamente, teremos um bom relacionamento. Eu pretendo ter um bom relacionamento com o poder legislativo, não um relacionamento de tutela ou de referência, mas um relacionamento de dialogo. A Assembléia Legislativa podendo cumprir o papel que a sociedade espera que ela cumpra que seja o de fiscalizar com muita lisura, com muita transparência e é assim que vai ser pautado o nosso relacionamento não só com a Assembléia Legislativa, mas com todos os outros poderes.

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