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06 junho 2010

Lançamento da candidatura de Randolfe Rodrigues (PSOL), ao Senado.

Neste sábado, 29, no clube MV 13, aconteceu um evento do PSOL (Partido do Socialismo e Liberdade) onde foram lançadas candidaturas proporcionais, de deputados estaduais e deputados federais, além da candidatura majoritária, do ex-deputado estadual Randolfe Rodrigues, ao Senado Federal. Na ocasião, entrevistamos membros do PSOL e personalidades que estiveram presentes.

Dep. Moisés Souza e Randolfe Rodrigues
Esteve presente ao evento o deputado estadual Moisés Souza (PSC), que declarou apoio pessoal a Randolfe Rodrigues. E em entrevista ao programa “Consciência Cidadã” e ao blog “Facão e Terçado”, falou:
“Randolfe Rodrigues será uma boa opção, ao Senado, para o povo do Amapá e eu não poderia deixar de prestigiar o meu amigo Randolfe, que estudamos juntos, temos muitos pontos em comum e eu acredito muito nele. Foi um dos melhores deputados que já passou na Assembléia Legislativa, um grande político, um grande professor, alguém que agente tem o prazer de chamar de amigo e com certeza ainda tem um caminho muito longo para percorrer na política amapaense.”
Trecho da entrevista com o vereador Clécio Luis: 
Ver. Clécio Luis
Carlos Carmezim – Vereador Clécio, hoje aqui, nesse evento, se definirá os rumos que o PSOL tomará nas eleições de 2010?
Clécio Luis – Nós estamos aqui fazendo um ato, não é a nossa convenção ainda, é um ato preparatório para nossa convenção, nos preparando e preparando a nossa militância para enfrentar esse desafio eleitoral. E o grande fato de hoje é a confirmação do lançamento da pré-candidatura de Randolfe Rodrigues ao Senado Federal pelo PSOL. Nós estamos construindo, nós temos várias possibilidades de construção não só da candidatura, mas de uma frente de oposição com os nossos aliados históricos, o PSB e o PMN, reconstruindo a Frente pela Mudança. Seja numa outra frente, por exemplo, nós estamos conversando com o PHS, com o PCB e que juntos com o PSOL faríamos outra frente de partidos para dar sustentação à candidatura do Randolfe. E temos uma conversa também, muito proveitosa, com o PTB de Lucas Barreto. Essas são as três frentes de diálogos que estamos tendo e que a nosso ver tem sido as responsáveis por essa, inicial, projeção que o Randolfe tem tido. Nós queremos dialogar com forças políticas para nos inserirmos nesse processo eleitoral e disputarmos o processo com propostas claras. A figura do Randolfe na disputa ao Senado, sem dúvida, representa o novo. E esse anseio ele não é só no novo pelo fato de Randolfe ser jovem, mas porque ele representa uma prática nova na política sobre tudo no Congresso Nacional, no Senado Federal, onde perdura a presença de políticos há bastante tempo e que o povo sempre reclama e quer mudanças.

Carlos Carmezim, entrevistando Randolfe Rodrigues
Trecho da entrevista com Randolfe Rodrigues:
Carlos Carmezim – Randolfe, nós temos escutado comentários que dizem que o PSOL deveria tentar uma vaga na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal, pois, o Senado, é um vôo muito alto e que talvez a estrutura política do PSOL não suportasse tamanha ousadia. O que o senhor me diz desse comentário?
Randolfe Rodrigues – Eu também tenho ouvido outros comentários. Que eu não posso retroceder da minha candidatura ao Senado, depois do nível que ela chegou. Eu tenho ouvido muito incentivo para continuar, para não desistir, para ser candidato de qualquer maneira, ao Senado, porque esse é o momento político importante de renovar a política do Amapá. Então, eu tenho ouvido muito esses comentários. A nossa candidatura, ao Senado, não será a única do PSOL, nós temos uma chapa a deputados estaduais, tem a candidatura do companheiro Clécio a deputado Federal, então, nós vamos para essas eleições para crescer, para conquistar mandatos e também para ousar apresentar alternativas políticas para o futuro e é desse papel que eu estou me dispondo a cumprir, nas eleições desse ano.
Mauricio Medeiros – Randolfe, o PSB, PSOL e PMN, na recente história política do Amapá nós identificamos como oposição, pelas suas posições e ações políticas. Ontem o PT oficializou a coligação com o PSB e eles estão denominando de Frente de Oposição. Nessa coligação negociou-se a vice, que será do PT, e a segunda opção para o senado, que também será do PT. Com essa realidade, que se apresenta agora, você não acha que inviabilizaria a sua candidatura ao Senado?
Randolfe Rodrigues – Onde está pautado e escrito que a candidatura ao Senado, nessas eleições, só existirá numa chapa de oposição? Não me parece que seja pré-determinado. A política, meu caro Mauricio, tem que ser feita com diálogo e você, mais do que ninguém, sabe disso. Com imposição e arrogância não se constrói alianças. Nossa prioridade política foi, é e está sendo reconstruir a “Frente pela mudança” para as eleições desse ano, mas nós queremos essa “Frente pela mudança” com uma proposta de composição. Composição é compor a chapa majoritária, tem quatro cargos na chapa majoritária; governador, vice-governador, e duas vagas para senador. Nós estamos à disposição para ingressarmos nessa chapa, basta que seja feita uma proposta de composição. Agora, não pode ser é uma proposta de adesão do PSOL, aqui é um partido político, aqui não é uma sublegenda, aqui não é um anexo, não é um acessório. Aqui é uma legenda autônoma, que tem posição política, que tem afirmação de suas posições políticas. Então nós não podemos compreender que uma chapa que está sendo apresentada, se reivindicando de oposição, e que, por ventura, exclua o PSOL possa ser, para essa eleição, a única alternativa de oposição. Mesmo porque, você disse bem Mauricio, nesses últimos oito anos quem fez oposição no Amapá foi o PSOL e o PSB. Outros que venham a aderir a essa composição política, seja PSB para um lado, seja PSOL para o outro, não estiveram com as posições políticas de oposição ao longo dos últimos oito anos. Então, se lamentavelmente, nós, PSB e PSOL, não estivermos juntos nós vamos ter várias frentes de oposição nas eleições desse ano, porque o PSOL não estará com os que governam e os que governaram o Amapá, nos últimos oito anos. Nós somos um partido político e nós queremos dialogar enquanto partido político. Queremos dialogar com os companheiros do PSB que eu tenho profundo carinho e quero, inclusive, afirmar que a minha candidatura ao Senado não é uma candidatura anti-Capiberibe é uma candidatura, inclusive, para composição, para somarmos, para darmos alternativa para o eleitorado. Eu acho que não teria problema nenhum, na composição da chapa PSB/PT, chamar o PSOL para discutir a composição dessa chapa. Vejam bem, são quatro cargos majoritários. Não é possível compor esses quatros cargos? Tem que ficar dois com o PSB e dois com o PT? Não é possível abrir essa chapa para o PSOL entrar? Por que não? Porque excluir o PSOL dessa chapa majoritária? São essas perguntas que tem que serem respondidas. E não é por mim Mauricio, é pelo PSB que é o nosso principal aliado. Por que nessa chapa não cabe uma candidatura do PSOL?
Mauricio Medeiros – Randolfe, em 2006 vocês lançaram candidatura majoritária, ao governo do estado, e o resultado, naquele momento, não foi positivo. Vocês não temem que com essa candidatura majoritária, agora, ao Senado, vocês possam ter o mesmo resultado de 2006?
Randolfe Rodrigues – Em 2006 tinha um empecilho para estarmos juntos. Era a verticalização que impedia que nós estivéssemos juntos com o PSB, porque o PSOL tinha uma candidata a Presidência da República, mas naquela época nós já queríamos composição com o PSB, embora, naquela época, a prioridade, primeira, do PSB era compor com o PT e, segundo, com o PR e depois é que procurou o PSOL com uma proposta de composição, nos oferecendo a vice. E era uma proposta de composição que nós aceitávamos, não foi possível por conta de um veto jurídico. Eu acredito que em 2006, apesar de eu ter perdido o mandato, nós obtivemos uma vitória com o companheiro Clécio que teve 5% dos votos válidos e isso fez com que o partido se apresentasse como alternativa política, concretamente. Então, em 2006 teve uma proposta de composição para nós, o PSB propôs que nós fossemos a vice, na chapa. O que eu estou dizendo é que agora não tem nem essa proposta. Não existe nenhuma proposta de composição, formulada pela chamada frente PSB/PT, para o PSOL, nenhuma. Tem a proposta de nós indicarmos candidatos a deputado estadual e federal e isso não é proposta de composição, isso é proposta de adesão ao projeto político, eu acho que nós podemos avançar mais que isso, nós estamos à disposição para debatermos, mas para ouvirmos uma proposta de composição concreta, para estarmos juntos. Se eu fui o melhor parceiro para o Camilo em 2008, por que eu não sou o melhor parceiro para o Capi, ao Senado, em 2010? Existe alguma pesquisa que diga que eu tiro voto do Capi? Parece-me que não.

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