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13 abril 2010

Cadê a acusação de suspeição no TRE do Amapá?

Do blog do Heverson Castro
Eu pergunto aos leitores deste blog se há diferença no tratamento dado pela imprensa à juíza Sueli Pini e os paparicos dos nossos amigos colunistas nos principais jornais que defendem os interesses da harmonia, que não está mais tanto harmonica ultimamente.
Não seria o caso de falarmos em suspeição no TRE, já que nossos desembargadores também tem filhos que são filiados à partidos políticos.
Observem as notinhas publicadas no jornal A Gazeta e Diaário do Amapá de hoje.
Paulo Silva - no Jornal A Gazeta
Filho candidato 1
Presidente do TRE do Amapá, o desembargador Luiz Carlos Gomes dos Santos disse ao Informe que se licencia do cargo se o seu filho, o advogado Luiz Carlos Júnior, for candidato a deputado federal pelo PSDB. Por enquanto, disse Luiz Carlos pai, existe convite e o filho está animado. Mas candidatura só depois das convenções de junho.
Filho candidato 2
Quem também pode ter filho disputando a eleição 2010 é o desembargador Edinardo Souza, vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral. Edinardo, o filho do desembargador, já foi vereador por Santana. Se Edinardo e Luiz Carlos se afastarem dos cargos, os desembargadores Agostino Silvério e Raimundo Vales comandam as eleições deste ano.
Cleber Barbosa - no Diário do Amapá
Convite foi feito
O desembargador Luiz Carlos Gomes dos Santos, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmou ontem que seu filho Luiz Carlos Júnior foi mesmo convidado a disputar a eleição deste ano, ao cargo de deputado federal, pelo PSDB, a convite de Michel JK. Já o filho do desembargador Edinardo Souza deve concorrer a depu-tado estadual. Foi vereador.
Pedido de licença
De acordo com o desembargador Luiz Carlos, caso seu filho aceite convite e tenha a candidatura homologada em convenção, o magistrado pedirá licença do posto de presidente do TRE, por uma questão ética. Mas terminada a disputa, no dia 6 de outubro, ele reassume. Se Edinardo Souza seguir seu exemplo, Agostinho Silvério e Raimundo Vales comandarão a Corte.
Mais comentários deste blogueiro
Observem que os filhos dos desembargadores na corte eleitoral são filiados à partidos políticos que são da base de sustentação do governo de Roberto Góes. Quem não sabe que o PSDB, presidido pelo deputado estadual Jorge Amanajás apoiou o atual prefeito hexacassado de Macapá? Quem não sabe que o deputado estadual Michel JK, que faz o convite ao filho do desembargador Luiz Carlos, foi recentemente julgado pelo TRE e declarado inocente?
Eu me pergunto: Por que o desembargador Luiz Carlos Gomes que tem um filho ligado ao PSDB e julgou um processo de cassação do amigo de seu filho, o deputado estadual Michel JK?
Eu me pergunto mais uma vez: Isso não é suspeição por conta da relação política, já que o desembargador Luiz Carlos Gomes tem relações familiares com Luiz Carlos Junior, militante político do PSDB? Que com certeza apoiou Roberto Góes em 2008.
Essa suspeição só vale para a juíza Sueli Pini? Que foi declarada suspeita e foi taxada de ser pessoa menos indicada para cassar Roberto Góes.
Outro caso também vem do PR, partido do filho do desembargador Ednardo Souza, que é filiado e ex-vereador em Santana, conhecido como Ednardinho. Pois bem, o PR apoiou Roberto Góes no segundo turno. Lembrando que Paulo José, deputado estadual (PR) apoiou o prefeito hexacassado no primeiro turno.
Poderíamos também afirmar que parte da corte do TRE é suspeita para julgar o processo que pede a cassação do atual prefeito de Santana, Antônio Nogueira (PT). Pra quem não sabe o PSDB apoiou Rosemiro Rocha (PTB), que é o autor da ação que pede a cassação de Nogueira.
Diferentemente de Roberto Góes, onde dois juízes são testemunhas da farra da compra de votos nas eleições de 2008. O caso de Nogueira é mais simples, pois o próprio Ministério Público Eleitoral disse que não houve crime eleitoral no convênio entre a PMS e o GEA, firmado cinco dias antes do prazo permitido pela justiça eleitoral. A Procuradoria Geral da República também confirmou que Nogueira é inocente.
Outro fato é que o juíz Rogério Funfas pode ser declarado suspeito também de cassar Nogueira, pois não há provas e os argumentos são medíocres para tal ação "política".
Pra quem não sabe a esposa do juíz Rogério Funfas era assessora de Marília Góes (PDT), ex-primeira dama do estado, que apoiou Rosemiro Rocha nas eleições, subindo no palanque do ex-prefeito preso pela Operação Pororoca.
Marília Góes também foi flagrada em diversas gravações dando pressão e pedindo voto aos beneficiários do Programa Renda pra Viver Melhor e por isso foi até declarada inelegível.
Não seria o caso do Conselho Naciona de Justiça (CNJ), assim como agiu no estado do Amazonas, afastando o presidente do TRE por ter feito manobras políticas e ser considerado suspeito, intervir aqui no Amapá?
É preciso abrir a "Caixa de Pandora" do judiciário amapaense! Ou é preciso o CNJ vir ao Amapá e olhar o verdadeiro caso de suspeição política em setores da nossa justiça?
Publicado em www.heversoncastro.blogspot.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Oh! ignorante! Procure se informar melhor com suas fontes antes de dizer bobagens!!!

Anônimo disse...

Oh, ignorante!.... Para não dizeres bobagens, procure se informar melhor antes de "tentar" comentar fatos de que não tens conhecimento profundo da matéria. Isto para não caíres no ridículo e seres visto como um "comunicador" mediocre...