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15 janeiro 2010

Bilionários Pobres

Dos 750 mil índios - números do Censo de 2000 -, cerca de 285 mil (38%) vivem em extrema pobreza no Brasil. Os dados fazem parte do primeiro relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentado nesta quinta-feira, no Centro de Informações das Nações Unidas para o Brasil (Unic-Rio), sobre a situação dos povos indígenas.

Segundo o documento, dos 370 milhões de índios (cerca de 5% da população) existentes no mundo, 300 milhões deles estão na mesma situação. Isso corresponde a um terço dos 900 milhões dos miseráveis do planeta.

Os índios não têm qualidade de vida, mesmo para os seus modestos padrões. “Eles são bilionários em quantidade de terras, mas vivem uma vida de miseráveis”, constata Virgílio Viana, secretário de Meio Ambiente do Amazonas. As terras indígenas ( TIs) imensas pagam a recompensa histórica devida aos índios, mas não têm sido suficientes para lhes garantir uma vida com qualidade. Eles são incapazes de prover sua alimentação, garantir sua saúde e sua educação; as medicinas dos pajés curam as doenças naturais, mas são cada vez mais impotentes para debelar os males importados.

Boa parte dos índios depende, cada vez mais, de cestas básicas doadas pelo governo, ONGs ou universidades, usam a merenda escolar para alimentar adulto e sonham com o dia em que serão, afinal, acolhidos como felizes beneficiários da Bolsa-Família – muitos já são e causam inveja.

O que os políticos amapaenses estão fazendo para mudar essa realidade? Você tem visto algum projeto de algum candidato a eleição ou reeleição, em 2010, relacionado a essa questão aqui no Amapá?

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