Pages

12 janeiro 2010

Entrevista com o Deputado Camilo Capiberibe(PSB-AP)

Em entrevista ao programa “Consciência Cidadã”, ontem (11), na Rádio Comunitária Novo Tempo, 105.9 FM, o Dep. Camilo Capiberibe (PSB-AP) disse acreditar que a harmonia existente entre os grupos políticos que deram sustentação política ao governador Waldez Góes já não existe mais.

“Já houve a ruptura. O governador vai tentar negar por que ele diz que está indo para justiça e quer ainda passar uma idéia de que ir para a justiça não é brigar. Mas já estão brigando desde o ano passado e isso fica claro que a desarmonia se instalou e não tem como conciliar os interesses, então, já está havendo briga só que nenhum deles vem a público dizer que estão brigando, está dizendo que não é bem assim, mas as brigas estão correndo soltas nos bastidores e todo mundo já está percebendo e eles tentam esconder isso. Ficam se batendo com tolhas molhadas para não ficarem marcas”.

Quando comparado, a crise atual, entre o legislativo e o executivo, com a crise institucional enfrentada pelo governo do PSB, há dez anos, o deputado frisou que existe uma diferença enorme entre elas: “Naquela época a disputa era entre o governo e a oposição, com três senadores, seis deputados federais e mais de 20 deputados estaduais, ou seja, uma oposição forte, o que era positivo para o estado, só que às vezes essa oposição era tomada pelo espírito golpista e tentaram o processo de impeachment do governador Capi várias vezes. Hoje a disputa não é entre governo e oposição, a disputa se dá entre uma “harmonia” que construiu um governo de elite e eles estão brigando entre si para ver quem vai suceder esse projeto de elite que aí está. É a disputa dentro de um bloco político onde estão do mesmo lado, só que, agora, brigando. E esta ruptura tende a se aprofundar agora em 2010”.

Com relação às eleições de 2010 o Dep. Camilo se diz muito tranqüilo, e que o seu partido, o PSB, está apenas observando o desenrolar dessa quebra de harmonia e que o resultado disso pode levar o PSB a ampliar suas alianças para as eleições que se aproximam. “Se nós já tivéssemos apresentado uma candidatura, ficaria mais fácil, para eles, comporem ou recomporem a desarmonia, portanto, estamos aqui tranqüilos e observando o resultado dessa desarmonia. Estamos abertos a conversações e acordos possíveis e prontos a ampliarmos nossas alianças. Se não houver acordo, aí sim, lançaremos candidatura própria”.

Nenhum comentário: