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26 fevereiro 2010

Golpismo político, jornalismo canalha e os rumos da esquerda – Por Heverson Castro

Ontem e hoje li as matérias que tratam do tema “política ” nos principais blogs e jornais do Amapá. O povo amapaense que tem acesso a internet pode fazer uma análise mais profunda da forma como se faz jornalismo no estado governado pelo silêncio sepulcral da chamada “grande mídia” e o regime ditatorial e de excessão que impera nas redações dos tabloídes que sobrevivem do dinheiro público. Enquanto isso falta merenda escolar, 26 bebês morrem na maternidade e o MP dá início nas apurações de denúncias que podem se transformar no maior escândalo de corrupção da história tucuju , cujo principal mentor é o suposto comandante de uma organização criminosa, chamado Adauto Bitencourt. Os principais jornais de circulação preferem dar enfase a campanha sistemática de desmoralização contra a família Capiberibe e orquestrar manobra golpistas de cunho sensacionalista. Um exemplo claro disso, é o processo movido contra o prefeito de Santana, Antônio Nogueira e o seu irmão, o vereador Zé Luiz. Nesse último, imperam mais mentiras e especulações, do que fatos e notícias. O Partido da Imprensa Governista (PIG), que também poder ser chamado de Partdo da Impresa Góes, usa a estratégia maquiavélica de focar o debate nos setores da oposição, desferindo golpes baixo e iniciando uma campanha pública de desmoralização de forças políticas de esquerda, que ameaçam a continuidade do projeto de poder bancado por Sarney, Waldez, Jorge Amanajás, Gilvam Borges e a coalizão criminosa que saqueia os cofres do povo. É ridículo e beira ao golpismo político a cortina de fumaça que os setores da mídia governista articulam nos últimos dias. A mais recente ofensiva foi tentar confundir a opinião pública, no que tange aos processos de cassação que Roberto Góes soma ao seu currículo político. Dessa vez, a vítima foi a juíza de direito Sueli Pini, tentando colocar em dúvida as cassações do esquentadinho do palácio Laurindo Banha. Tudo por conta de que seu filho pode ou estar filiado ao PSB, o que não muda em nada todo o derrame de dinheiro e a compra de votos nas eleições de 2008. E as outras cassações? O que será que eles irão inventar do juíz Marconi Pimenta? Um dos poucos magistrados que dão exemplo de combatividade à cadeia de corrupção montada nas eleições. O que será que eles irão falar do TSE, se a cassação de Roberto Góes for aceita naquela corte eleitoral? A direita, o governo Waldez, a imprensa e toda a elite amapaense usa a politica do medo e o terrorismo de estado para cooptar a opinião pública. Isso é uma vergonha para nossas instituições democráticas. Até quando o Amapá irá padecer das ações criminosas desse gupo de poder? Até quando iremos ver a esquerda dispersa, almoçando e jantando com aqueles que não representam ruptura com as elites? Será que o egoísmo de nossas lideranças políticas e o sectarismo de esquerda, bem como a ilusão de que se poder construir uma alternativa viável de vitória eleitoral que não seja pela esquerda serão maiores que a esperança? Será que o bom senso e a luta do povo não serão maiores que os interesses e corporativismos de cúpulas partidárias? A resposta está nas mãos daqueles que podem mudar a história política das eleições de 2010. Essa mudança só será possível com a unidade dos diversos partidos e forças políticas de oposição, um verdadeira unidade popular. E essa resposta não está configurada nas candidaturas que representam o pior do possível e a continuídade da barbárie social. Com certeza Jorge Amanajás, Pedro Paulo e Lucas Barreto não representam os anseios de mudança que se rebelam das periferias e dos setores progressistas da sociedade amapaense.

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